Tokyogaqui no SESC Paulista

De 15 de março a 4 de maio o SESC Avenida Paulista apresenta ampla programação, reunindo a multiplicidade da cultura japonesa em três andares da unidade, ricamente ambientados para o público sentir Tóquio bem de perto. 

Ga, quer dizer imagem em japonês. TOKYOGAQUI é uma imagem de Tokyo aqui. É também, em outra significação, uma imagem barata de Tóquio, como todas as imagens que circulam hoje, neste tempo de excesso e "des-significação".

Durante 48 dias, três andares do SESC Avenida Paulista vão abrigar atividades, refletindo o Japão pop e contemporâneo. Destaca-se a homenagem aos 101 anos de Kazuo Ohno e ao introdutor do Butoh no Brasil, o coreógrafo Takao Kusuno, com uma série de espetáculos e instalações no 9º andar, batizado de Ohno 101 + Kusuno. O5º andar reflete a principal característica da cultura nipônica, a fusão Tradição Pop. A cobertura do prédio, com vista panorâmica de toda avenida Paulista, será transformado em um Bia Gaden, os famosos espaços do happy hour dos japoneses, onde se poderá degustar delícias da gastronomia nipônica e muito mais!

TOKYOGAQUI quer pensar o Japão. Pensar um indeterminado Japão. Pensar assim, como ocidental e brasileiro, um mundo de cabeça para baixo. Um espelho de nós mesmos, um mundo virado do avesso. Pensar o Japão como um processo em constante transformação e também como um labirinto. Pensar o Japão também como local da partilha daquilo que permanece na memória de cada ocidental, brasileiro e especificamente paulistano. Pensar o Japão também como algo separado da memória, como algo repetitivo, desconhecido e ao mesmo tempo banal. Japão como objeto de desejo e desvelamento de outros sentidos. Pensar o Japão como um caminho quebrado, como um mergulho no outro lado: no avesso do Ocidente, em um além. Pensar um Japão mil anos depois, mas do mesmo jeito que os "milenaristas" e a renascença olhavam os antípodas. Pensar Nipon como as crianças brincam: imaginando alcançar aquela ilha, do outro lado do mundo, cavando um buraco profundo na terra. Pensar o Japão como o Império dos Signos, um Japão Barthesiano onde nos deixamos ficar, rodopiando, em movimento contínuo entre os tantos significados e as intermináveis insignificâncias.

from: http://www.sescsp.org.br/sesc/revistas/subindex.cfm?Paramend=1&IDCategoria=5433 

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